Comentários ao Pequeno Ofício da Imaculada
Para Mãe o Senhor Vos
destinou
Do que os mares, a Terra e
Céus criou
Predestinação
de Nossa Senhora
Remontam
à eternidade os incomparáveis privilégios concedidos pelo Criador à Virgem
Santíssima, com sua predestinação à augusta missão de ser Mãe de Deus.
Os
Padres da Igreja, fiéis intérpretes das Sagradas Escrituras, reconheceram a
predestinação de Maria à maternidade divina.
Santo
Agostinho diz que antes de Nosso Senhor Jesus Cristo nascer de Maria, Ele A
conheceu e predestinou para ser sua Mãe 57.
E
São João Damasceno, dirigindo-se à Virgem Maria: “Porque o decreto de
predestinação nasce do amor como de sua primeira raiz, Deus, soberano mestre de
todas as coisas, que Vos sabia previamente digna de seu amor, Vos amou; e,
porque Vos amava, Vos predestinou” 58
“Ó
Virgem — exclama São Bernardino de Siena — Vós fostes predestinada no
pensamento divino antes de toda criatura, para dar a vida ao mesmo Deus que
quis se revestir de nossa humanidade”59 .
Santo
André de Creta, em seu discurso sobre a Assunção de Maria, exprime o mesmo
pensamento: “Esta Virgem é a manifestação dos mistérios da incompreensibilidade
divina, o fim ao qual Deus se propôs antes de todos os séculos” 6o.
E
São Bernardo: “Foi enviado o Anjo Gabriel a uma virgem (Lc. I, 26-27). Virgem
no corpo, virgem na alma; [...] não encontrada ao acaso ou sem especial
providência, mas escolhida desde todos os séculos, conhecida na presença do
Altíssimo que A predestinou para [ser um dia sua Mãe; guardada pelos Anjos,
designada antecipadamente pelos antigos Padres, prometida pelos profetas”61 .
Excelências da predestinação de Maria
Acompanhemos
a exposição que deste sublime mistério nos faz o santo historiador da infância
de Maria:
“A
predestinação da Santíssima Virgem está enobrecida e realçada com várias e
assinaladas mercês. E a primeira é que tem sua origem e princípio no infinito
amor do Padre Eterno para com seu Filho Jesus, no amor imenso para com Maria
sua Filha muito amada, e em sua inconcebível caridade para conosco.
“Porque
o amor incompreensível que este adorável Pai tem a seu Filho, levou-O a
escolher para o mesmo, desde toda a eternidade, uma Mãe que fosse digna d’Ele.
[..] O amor inefável deste santo Pai para com sua Filha Maria, que é o primeiro
objeto de seu amor depois de seu amado Filho, obrigou-O a predestiná-La em seu
eterno conselho para que fosse a Mãe, a Aia e a Nutriz de seu Verbo Encarnado,
a Rainha dos Anjos, a Soberana do Céu e da Terra, a Imperatriz do universo.
[...]
“A
caridade sem igual deste Pai de misericórdias para conosco, fê-Lo conceber
desde toda a eternidade o desígnio de fazer nascer na Terra a esta incomparável
Virgem, para por meio d’Ela nos dar um Redentor, e associá-La ao mesmo, na obra
de nossa reparação. Eis a origem desta eterna eleição, mercê que A eleva
infinitamente acima das predestinações de todos os escolhidos.
Perfeita semelhança entre a predestinação de Jesus a de Maria
“Outra
assinalada vantagem da predestinação de Maria é a perfeita semelhança que tem
com a predestinação de Jesus, da qual é acabada imagem. Porque como Jesus é
escolhido por Deus desde toda a eternidade para ser o começo de seus caminhos
(Prov. VIII, 22) e de seus desígnios, quer dizer, a primeira em excelência e a
mais maravilhosa obra de suas mãos; assim o Espírito Santo, falando pelos
lábios da Igreja, pronuncia estas mesmas palavras — Princípio dos caminhos do
Senhor — em louvor desta incomparável Filha que se chama Maria. [...]
“Como
unicamente Jesus foi escolhido entre milhares (Cânt. V, 10), isto é, entre
todos os filhos de Adão, para ser unido hipostaticamente à pessoa do Verbo
Eterno, assim Maria é a única eleita entre milhares, ou seja, entre todas as
filhas de Eva, para ser associada da maneira mais íntima e elevada com o Verbo
Encarnado. «Vossa eleição, ó divina Maria, diz São Bernardo, e vossa
predestinação são semelhantes às do sol quer dizer; às do sol eterno que criou
o sol temporal. Porque Ele é escolhido entre milhares de homens, Vós, entre
milhares de mulheres». Jesus é a maravilha das obras de seu Pai, e Maria é a
obra-prima dos milagres de Jesus. [...]
“A
excelência da predestinação de nossa santa Maria para a divina maternidade, se
manifesta claramente pelas grandes e maravilhosas coisas que Deus n’Ela operou,
quando A fez nascer milagrosamente de uma mãe que naturalmente não podia
conceber, quando A preservou do pecado original em sua Imaculada Conceição,
quando A encheu de luz e de graça desde o primeiro instante de sua vida, quando
cumulou todo o universo de gozo em seu nascimento, quando A honrou com o
admirável nome de Maria, e quando fez n’Ela e por Ela outras muitas maravilhas
que não convêm senão à grandeza de uma Mãe de Deus.
“E como
o fim da predestinação de Jesus é no-Lo dar por nosso Salvador, nosso mediador
entre Deus e nós, nosso Pai, nosso exemplo, nosso tesouro, nossa glória, nosso
paraíso, nosso espírito, nosso coração, nossa vida, nosso tudo; assim o fim da
predestinação de Maria é no-La dar como cooperadora de seu Filho em nossa
Redenção, para ser nossa medianeira entre Ele e nós, para ser nossa Mãe, nossa
preceptora, nossa vida, nosso consolo, nossa esperança, para ser nossa luz nas
trevas, nossa força em nossas debilidades, nosso socorro em nossas misérias,
nosso refúgio em todas as nossas necessidades, e nosso modelo em nossos hábitos
e ações.
“Acrescentaria
ainda ao dito, para fazer ver a perfeita semelhança que há entre a
predestinação do Homem-Deus e a de sua Mãe, que, como aquela é o primeiro
princípio de todas as demais predestinações dos verdadeiros filhos de Deus,
esta é de uma maneira parecida a causa segunda. «Ninguém se salva a não ser por
Vós, o Santíssima Virgem», disse São Germano, Patriarca de Constantinopla.
[...]
Jesus e Maria tiveram uma mesma predestinação
“Todas
estas coisas fazem ver que a predestinação de nossa divina Maria é uma perfeita
imagem da de Jesus. Contudo, vou mais além, e me atrevo a dizer que há tão
estreita união entre estas duas predestinações que, assim como o Filho e a Mãe
não são mais que uma mesma coisa, não tendo mais que uma alma, um coração e uma
vontade, assim, de alguma maneira, tiveram uma só predestinação. Porque não se
encontrando Jesus nos eternos desIgnios de Deus senão como Filho de Maria, e
não tendo neles lugar Maria senão como Mãe de Jesus, pode-se dizer que não têm
mais que uma mesma predestinação.
“Donde
a Igreja e os santos doutores aplicarem à Mãe do Salvadoras mesmas palavras que
o Espírito Santo emprega para nos expressar a eleição e predestinação eterna de
seu Filho: «Desde a eternidade tenho eu o principado de todas as coisas. O
Senhor me teve consigo no começo de suas obras» (Prov. VIII, 22)” 62
“Tal
é, portanto, a preparação eterna da Santíssima Virgem, tal é a sua
predestinação.
“Bem
exposta e bem compreendida, esta eleição encerra todos os esplendores da
Teologia de Maria. Preeminência, incomparáveis grandezas, cooperação nas obras
divinas, plenitude de todas as graças e distribuição aos homens de todos os
méritos da Encarnação do Verbo, da Redenção; tudo, até a glória dos Anjos, a
esperança dos justos, o triunfo dos Santos, os deveres dos cristãos e sua
ilimitada confiança, deriva desta predestinação como a consequência do
princípio, como o efeito da causa” 63
Preservou Ele a vossa Conceição, da
mancha que nós temos em Adão
A Imaculada Conceição
“Sessenta
são as rainhas, e oitenta as esposas de segunda ordem, e inúmeras as donzelas;
uma só, porém, é a pomba minha e a minha perfeita” (Cânt. VI, 7-8).
Aplicando
a Nossa Senhora essa passagem do Cântico dos Cânticos, comenta São Tomás de
Villanueva: “É única; se buscas outra pomba, não a encontrarás. É única,
sozinha e sem mancha. É a única que não esteve sujeita à lei da mancha comum.
Uma só é a imaculada, e também uma só a perfeita. Não encontrarás outra sem
mancha, e por isso é uma só a pomba. Não encontrarás outra tão perfeita, e por isso
é a minha perfeita, única: puríssima sem exemplo, perfeita sem igual” 64
Maria
Santíssima, a primeira na ordem ontológica entre todas as virgens, a propósito
de sua concepção em graça recebeu do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira os
seguintes louvores:
“Na
bula Ineffabilis Deus, com a qual Pio IX definiu o dogma da Imaculada
Conceição, encontra-se este trecho:
“«A
doutrina que sustenta que a Beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da
sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos
méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada e imune de
toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto
deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis» 65
“O
Sumo Pontífice afirma, portanto, que Nossa Senhora, por uma graça singular e em
vistas dos méritos de Cristo, a partir do primeiro instante de seu ser foi
isenta da mancha do pecado original. Essa doutrina foi revelada por Deus, ou
seja, está na Bíblia, e por isso deve ser «crida firme e inviolavelmente por
todos os fiéis».
“Para
se avaliar o extraordinário significado da Imaculada Conceição, é preciso ter
em conta que, em consequência da queda de Adão, todos os seus descendentes
haviam de nascer com o pecado original. Lamentável herança em virtude da qual
os sentidos do homem continuamente se revoltam contra a sua razão, expondo-o a
novos e incontáveis pecados.
“Durante
milênios verificou-se, inexorável, essa lei da maldição. Em determinado
momento, porém, os Anjos assistem atônitos a um fato sem precedentes na
história da Humanidade decaída: Deus quebranta a funesta lei, e um ser é
inteiramente concebido sem pecado original. É Nossa Senhora que surge
imaculada, resplandecente, com todo o brilho e todo o fulgor de uma criatura perfeita,
como o foram Adão e Eva ao saírem das mãos do Onipotente.
“Pode-se
imaginar que, nesse sublime instante, um frêmito de júbilo e de glória
percorreu todo o universo, acentuado pelo fato de que Maria, isenta do pecado
original, era também a obra-prima da criação. Acima d’Ela haveria de estar,
apenas, a humanidade santíssima de Nosso Senhor Jesus Cristo.
“Narra
a Sagrada Escritura que o Padre Eterno, depois de concluída a obra da Criação,
repousou na enlevada consideração do que Ele tinha feito.
“Descansou,
porém, tendo-se proposto criar um ser que superasse em maravilha tudo o que até
então sua onipotência realizara, uma mulher da qual haveria de nascer o Verbo
Encarnado. E foi precisamente no momento da Conceição Imaculada de Nossa
Senhora que Deus executou essa sua obra-prima” 66
O testemunho dos Santos
A
Imaculada Conceição, admirável privilégio da Virgem Maria, foi proclamada por
inúmeros Santos, ao longo de todos os séculos da história da Igreja. Por
exemplo, Santo André, Apóstolo do Senhor, diante do procônsul Egeu, assim se
exprime a respeito de Maria: “E porque o primeiro homem foi formado de uma
terra imaculada, era necessário que, de uma Virgem igualmente imaculada,
nascesse o homem perfeito” 67
Santo
Hipólito, Bispo do Porto, mártir, escrevia por volta do ano 220: “Quando o
Salvador do mundo resolveu resgatar o gênero humano, nasceu da imaculada Virgem
Maria, e se revestiu de nossa carne...” 68
Santo
Efrém o sírio, diácono de Edessa, em 360 exclamava: “Sois imaculada, sois sem
mancha e sem defeito, sois a própria pureza, da qual não pode se aproximar
sombra de pecado, ó Virgem, Esposa de Deus e nossa Soberana!” 69
O
grande São Jerônimo, explicando as palavras do Cântico (V, 2): Pomba minha,
imaculada minha — assim se exprime:
“Maria
apresenta, em tudo, a simplicidade da pomba, porque nada existiu n’Ela que não
fosse toda pureza, toda simplicidade, toda verdade e toda graça.
“Ela
é, pois, imaculada, porque não tem traço de corrupção”
E
Santo Agostinho: “Quem poderá dizer: eu nasci sem pecado? Quem poderá se
gloriar de ser puro de toda iniquidade, senão esta Virgem prudentíssima, este
templo vivo do Altíssimo, que o próprio Deus escolheu e predestinou antes da
criação do mundo, para que fosse a santa e imaculada Mãe de Deus, para que
fosse a filha preservada de toda corrupção e de toda mancha de pecado?” 71
Santo
Ildefonso, uma das glórias mais puras da Espanha, escrevia em meados do século
VII: “É opinião constante que Ela foi isenta de toda falta original, Aquela por
quem não somente a maldição de nossa mãe Eva foi retratada, mas a bênção foi a
todos concedida” 72
No
ano de 811, São Nicéforo, Patriarca de Constantinopla, dirigia ao Papa Leão III
uma carta contendo sua profissão de fé, a qual conclui nestes termos: “Pela
intercessão de sua Mãe toda imaculada e toda pura, e pela de todos os Santos”
Ricardo
de São Vítor, nos fins do século XII: “As estrelas são cobertas de trevas, os
Santos são obscurecidos pela falta comum a todos os homens. Mas a
Bem-aventurada Virgem foi toda bela: o Sol de Justiça A iluminou inteira, e A
penetrou de seus raios. N’Ela não há mancha alguma nem sombra de pecado”
Durante
o século XIV viveu o piedoso e admirável autor Raimundo Jordão, agostiniano e
Abade de Celles, o qual, por humildade, se escondia sob o nome de Idiota.
Fervoroso defensor da Imaculada Conceição, exclamava: “Sois toda bela, ó Maria,
e em Vós não há mácula. Sois toda bela em vossa Conceição, pois fostes formada
unicamente para ser o templo do Deus Altíssimo. [...] Jamais mancha alguma,
sopro nenhum do vício ou do pecado tocou vossa gloriosa alma! [...] Não há em
vós sombra de pecado, seja mortal, seja venial, seja original: nunca houve e
nunca haverá!”
Em
1410, São Vicente Ferrer declarava que Maria não foi semelhante a nós, em sua
Conceição, mas criada pura e santa, desde o primeiro momento. “E logo — dizia —
os Anjos celebraram a festa da Imaculada Conceição!” 76
Nos
albores do século XVII, São Francisco de Sales assim se exprimia: “Bem é
verdade que nosso primeiro pai e Eva foram criados e não concebidos; sem
embargo, todas as concepções dos homens se fazem em pecado. Somente Nossa
Senhora ficou isenta deste mal, Ela, que devia conceber a Deus primeiramente em
seu coração e em seu espírito antes de concebê-Lo em suas puríssimas entranhas”
‘.
Encerremos
esse curto rol de louvores à Imaculada Conceição, com o ardoroso juramento de
Santo Afonso de Ligório, um século antes da definição dogmática pela Bula
Ineffabilis Deus: “Ó minha Senhora, minha Imaculada, alegro-me convosco por
ver-Vos enriquecida de tanta pureza. Agradeço e proponho agradecer sempre ao
nosso comum Criador por ter-Vos Ele preservado de toda mancha de culpa. Disso
tenho plena convicção, e para defender este vosso tão grande e singular
privilégio da Imaculada Conceição, juro dar até a minha vida”
V. Deus A escolheu e predestinou
Entre
as infinitas criaturas possíveis, Deus escolheu e predestinou a sua Virgem.
Outras não foram as palavras de Pio IX na célebre Bula em que definiu o dogma
da Imaculada Conceição:
“Desde
o princípio e antes dos séculos, escolheu e pre-ordenou [Deus] para seu Filho
uma Mãe, na qual Ele se encarnaria, e da qual, depois, na feliz plenitude dos
tempos, nasceria; e, de preferência a qualquer outra criatura, fê-la alvo de
tanto amor, a ponto de se comprazer n’Ela com singularíssima benevolência” .
Gloriosa parte nos desígnios de Deus
Com efeito,
escreve o Fr. Royo Marín: “depois de Cristo-Homem, Primogênito de toda
criatura, a ninguém amou mais o Pai do que Àquela que no tempo havia de ser a
Mãe de seu Filho encarnado”
O
mesmo nos ensina o insigne mariólogo Nicolas, segundo o qual a Santíssima
Virgem Maria foi “predestinada entre todas as criaturas para ocupar um posto
infinitamente superior ao de todos os eleitos.
“Depois
de Jesus, e muito antes do que sobre todos os seus irmãos, Deus fixou sobre Ela
o eterno olhar de sua complacência, aquele olhar onipotente que, onde quer que
se fixe, produz a vida, como o sol faz ressaltar os corpos que reveste e tinge
de sua luz” 81
E
São Tomás de Villanueva explica que, “embora na mente e eleição de Deus não
haja prioridade de tempo — pois tudo foi escolhido desde a eternidade — existe,
sem embargo, a prioridade da dignidade, porque alguns foram eleitos para um
grau de dignidade maior que outros. Por isso dizemos que a Virgem foi
constituída e escolhida singularmente, [...] porque o foi para uma glória
eminente e única, pelo que canta d’Ela a Igreja: Deus A elegeu e predestinou”
82
Recolhendo
a opinião de santos autores, acrescenta o Pe. Jourdain:
“São
Tomás de Aquino ensina expressamente que Cristo, sendo a Sabedoria incriada,
não pode ser chamado mera criatura. Assim, não é em louvor de Jesus Cristo, mas
de Maria, que a Igreja repete estas palavras do Eclesiástico, na Santa
Liturgia: «Eu saí da boca do Altíssimo, primogênita antes de toda criatura...
Fui criada desde o começo, e antes de todos os séculos»; e estas outras
palavras tiradas do livro dos Provérbios (VIII, 2): «Fui concebida antes das
colinas», quer dizer, segundo o pensamento de Santo Agostinho, «Deus me
concebeu antes das mais sublimes criaturas, antes dos Anjos e dos Santos, não
só para que Eu fosse santa, mas a Mãe de Santos, como deles é Jesus Cristo o
Pai, o Príncipe e o Chefe supremo». [...]
“[Assim],
concordam todos os teólogos em considerar Maria como a obra-prima do poder
divino; reconhecem todos que, nos desígnios de Deus, recebeu Ela a mais bela
parte e a mais gloriosa” 83