quarta-feira, 15 de março de 2017

Belo íris celeste II

Arco-íris sobre a Igreja de Deus
Atribuindo-se a si própria a imagem do arco-íris, Nossa Senhora dirigiu a Santa Brígida (1303-1373) palavras repassadas de materna e vigilante solicitude para com a Esposa Mística de Cristo. Pronunciadas naqueles idos do século XIV muito se aplicam elas aos conturbados dias em que vivemos.
Assim se expressa a Santíssima Virgem:
“Eu me estendo sobre o mundo em contínua oração, assim como sobre as nuvens está o arco-íris, que parece voltar-se para a terra e tocá-la com suas extremidades.
“Este arco-íris, sou Eu mesma que, por minhas preces, abaixo-me e me debruço sobre os bons e os maus habitantes da Terra. Inclino-me sobre os bons para ajudá-los a permanecerem fiéis e devotos na observância dos preceitos da Igreja; e sobre os maus, para impedi-los de irem adiante na sua malícia e se tornarem piores.
“Mas eu vos faço saber que, de uma parte da Terra, elevar-se-ão horríveis nuvens para obscurecer o brilho do arco radioso. Por essas nuvens entendo aqueles que levam uma vida incontinente, que são insaciáveis de dinheiro como os sorvedouros e abismos do mar; ou que pelo orgulho prodigalizam insensatamente a fortuna, como uma torrente impetuosa verte suas águas. Vários, já agora, entre os ecônomos da Igreja, abandonam-se a esses três excessos, e seus horríveis pecados sobem até o Céu, na presença da Divindade, para estorvar minha oração, como as nuvens o fazem contra o brilho do arco-íris. Ademais, os que deveriam se unir a Mim para serenar a cólera de Deus, antes a provocam e a chamam sobre si. Tais ministros, não deveriam ser exaltados na Igreja.
“Portanto, todo aquele que deseja trabalhar para que permaneça inabalável o fundamento da Igreja, e se renove essa bendita vinha que o Senhor plantou com seu sangue, que esse se anime, e caso se julgue insuficiente para essa tarefa, Eu, Rainha do Céu, virei a ele com todos os Anjos para ajudá-lo, extirpando as ervas daninhas, arrancando as árvores estéreis elançando-as no fogo, substituindo-as por plantas viçosas e frutíferas. “Por esta vinha entendo a Igreja de Deus, na qual cumpre renovar a humildade e o amor divino.”

BRÍGIDA. Celestiales Revelaciones. Madrid: Apostolado de La Prensa, 1901. p. 143-144.

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